quarta-feira, 23 de outubro de 2013

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Seleção brasileira

Felipão caminhou um pouco mais para definir seu grupo para a Copa do Mundo.Agora só tem mais 2 convocações antes da lista final.

No gol Jülio César e Jéferson estão dentro,preocupa apenas a condição física do goleiro do QPR,a terceira vaga ficou mais perto de Cavalieri que jogou contra Zâmbia,se Victor for muito bem no primeiro semestre de 14 pode sonhar,mas é uma vaga mais importante para o atleta do que para o time,já que dificilmente o escolhido vai jogar.

Nas laterais Maicon nos jogos contra Austrália e Portugal praticamente se garantiu e Maxwell está perto,já tinha ido bem contra Portugal e repetiu a boa atuação diante de Zâmbia,Dani Alves e Marcelo estão garantidos faz tempo.

Na zaga Thiago Silva,David Luiz e Dante estão dentro,resta a última vaga.Dedé deu passos importantes,mas ainda tem disputa aberta com Henrique e Réver,o meu favorito seria Miranda,mas parece fora dos planos.

No meio Luís Gustavo,Paulinho,Ramires,Hernanes e Oscar vão para a Copa.Lucas Leiva foi bem contra Zàmbia,acredito que está perto de ganhar a vaga de Fernando.O jogador do Liverpool realmente está mais preparado e deve ir ao Mundial.

Hulk,Bernard e Neymar estão garantidos entre os meias-atacantes.O ex-jogador do Galo mostra muita personalidade,aproveitou bem as chances.

Já Lucas perde cada vez mais espaço,contra Zâmbia não foi bem de novo,já tinha sido ultrapassado por Bernard e hoje corre risco real de ficar fora da Copa.Acredito que para os jogos de novembro Felipão vai testar uma nova alternativa,acho que os candidatos são William(Chelsea),Coutinho(Liverpool) e Diego Tardelli.Vamos aguardar a próxima lista,e se o eventual novo jogador vai aproveitar bem a chance.

Na posição de centroavante Jô aproveitou bem as oportunidades e se garantiu,Fred se estiver bem fisicamente também tem o seu lugar.Pato foi mal contra Zâmbia,dificilmente volta.Se Fred não estiver recuperado para os jogos de novembro um novo jogador deverá ser chamado,Diego Costa se optar pelo Brasil ao invés da Espanha pode ter a chance.Mas acho difícil tirar Jô ou Fred,se um novo centroavante jogar bem em novembro pode sonhar com a vaga aberta por Lucas.

Quanto ao time titular os favoritos são os que atuaram na Copa das Confederações.Mas Ramires pode cavar um lugar no time,principalmente na vaga de Hulk.Júlio César e Fred dependem da parte física para confirmarem lugar entre os 11,Jéferson e Jô foram bem quando utilizados e podem se beneficiar com as lesões dos titulares.Hernanes e Bernard serão alternativas muito utilizadas durante os jogos.

Sobre a forma de jogar,o time tem uma cara bem definida.Pressão forte no campo do adversário nos primeiros minutos e depois um time que joga na velocidade,tem um ritmo muito intenso.Mesmo quando marca atrás,sempre a marcação é feita com pressão na bola,para roubar e sair em velocidade,o time procura deixar o jogo em um ritmo mais acelerado,já que não tem a característica de cadenciar o jogo. Neymar obviamente é o grande diferencial,as chances de título passam muito por ele,não tem como fugir.

Neymar sabe de sua responsabilidade e de sua importância.Parece cada vez mais pronto para isso.Hoje rende muito bem tanto pelo lado,quanto pelo meio e participa de praticamente todas as jogadas ofensivas,dá assistências,faz gols,dribla,finaliza,provoca e cobra faltas.Claro que o rendimento dele passa pelo bom jogo coletivo,mas sem dúvida o Brasil depende muito do desempenho de seu camisa 10 para lutar pela taça.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Técnicos precisam se manifestar

O movimento Bom Senso FC pode ter sido um ponto de partida para melhorar algumas coisas importantes no futebol brasileiro.A questão do calendário talvez seja hoje a maior barreira para que nosso futebol seja um produto mais atraente e não digo nem para o mercado internacional,hoje existe dificuldade para levar o torcedor aos estádios.

Claro que o calendário não é o único problema.A questão das trocas freqüentes de treinador também é um grave defeito nos clubes.A grande maioria das mudanças não são feitas por convicção,muito menos por uma análise do trabalho realizado e na hora de contratar também não é avaliado o perfil de treinador que se encaixa melhor ao grupo de jogadores,não existe uma linha de trabalho.

Os técnicos brasileiros vivem sempre no limite,2 ou 3 resultados ruins já são o suficiente para que o emprego fique sob risco e isso não prejudica apenas a classe dos treinadores,mas os próprios clubes e consequentemente o futebol.

Quando é feita uma troca sem critério e sem tempo de trabalho e de preparação(aí aparece de novo o calendário),o time não evolui,talvez consiga ter um embalo inicial e some pontos suficientes para conseguir seu objetivo,normalmente escapar do rebaixamento,mas o time não cresce,ele apenas sobrevive e no outro ano passa pelo mesmo sufoco.

Os técnicos dos grandes clubes ganham muito bem,acredito até que os dirigentes pagam esses altos salários para transferir totalmente a responsabilidade de um eventual fracasso para o treinador,mas a pressão pela qual eles são submetidos é cada vez pior,vem de todos os lados,imprensa,torcida,dirigentes,jogador insatisfeito,é terrível.

O problema com Oswaldo de Oliveira no jogo contra o Grêmio fez com que alguns profissionais falassem sobre o assunto,ouvi Tite,Dorival e Muricy falando sobre essa pressão diária vivivda pelos técnicos de futebol,mas uma declaração ou outra não basta,é preciso algo maior,uma união,buscar melhores condições de trabalho.

Coisas simples como proibir um treinador de comandar mais de uma equipe no mesmo campeonato e a obrigatoriedade do pagamento do salário até o final do contrato já ajudariam muito.Um tempo maior de pré-temporada e de treinamento entre um jogo e outro também,isso talvez os jogadores consigam,mas está claro que os técnicos precisam se unir e lutar por melhores condições,seria bom para o futebol no Brasil.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bayern de Guardiola mostra a cara

O Bayern fez ótima partida contra o Manchester City pela Liga dos Campeões.Foi um massacre,domínio total do jogo contra um time forte,mesmo jogando na casa do adversário.

A grande questão levantada quando Guardiola foi contratado era sobre a mistura de estilos.O jogo de posse de bola e toques curtos de Guardiola no Barcelona teria que se ajustar ao jogo de velocidade e de alta intensidade do time alemão que ganhou tudo na temporada passada.

Nos primeiros jogos da temporada o time ficou muito lento,travado,tinha a bola no pé,mas não conseguia apertar o adversário.Era uma mudança muito grande na forma de jogar e que poderia não encaixar com as características dos jogadores do Bayern.

O primeiro bom sinal que vi foi contra o Chelsea na Supercopa da Europa.O Bayern teve a posse da bola,encurralou o Chelsea em vários momentos do jogo,finalizou mais do que vinha fazendo nos jogos anteriores,mas ainda deu muito espaço para o contra ataque do time inglês,característica forte dos times de Mourinho.

Contra o City a posse de bola do Bayern foi alta,mas a diferença em relação a partida diante do Chelsea foi que o adversário não conseguiu sair de trás.A marcação adiantada funcionou bem,o Bayern perdia a bola e logo recuperava, o forte time do City dificilmente conseguia trocar mais de 3 passes.

Com a bola no pé algumas mudanças podem ser notadas,apesar da alta média de posse de bola,aliás a maior da Europa nesse início de temporada,o toque curto não é utilizado com tanta freqüência,até mesmo pelas características dos jogadores.As inversões de lado chamaram muito a atenção,inclusive o primeiro gol saiu de uma virada de Rafinha para Ribery e também os lançamentos longos em alguns momentos como o de Dante para Muller no segundo gol.

Na Bundesliga o Bayern tem vencido os jogos,mas sofre contra os times menores que jogam fechados,isso ainda precisa melhorar,mas nos jogos contra os ingleses o Bayern conseguiu ditar o ritmo,não permitiu que o Chelsea(em alguns momentos) e o City(no jogo todo) jogassem da maneira como estão habituados.

Quebrou o jogo dos adversários com a posse de bola,levou para o seu ritmo e aos poucos consegue desenvolver melhor com a bola no pé,dentro das características de seus jogadores e não tentando jogar como o Barcelona.O time acelera o jogo na última parte do campo e usa bola longa quando necessário,sem perder o controle das ações.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Futebol está pesado e isso não é bom

O clima do futebol no Brasil está cada vez mais pesado.A exigência louca pelo resultado faz com que a cobrança seja absurda e pouco importa a qualidade dos jogos.

As pessoas não estão curtindo o futebol como um lazer ou um passeio agradável no fim de semana.Virou uma batalha,um sofrimento.Faz parte do jogo ficar nervoso,feliz ou triste durante uma partida,mas o que acontece hoje é diferente.

Basta que um time tenha uma seqüência de 3 ou 4 resultados ruins para que as cobranças comecem.Está ficando normal que jogadores sejam cobrados com ofensas e dedo apontado,a qualidade e até o caráter de profissionais são colocados em dúvida,o jogador fica impedido de sair de casa,de se divertir como qualquer ser humano.

Claro que o futebol é profissional,envolve muito dinheiro,mas isso deveria servir apenas para quem realmente trabalha com isso.O torcedor tem que curtir,se divertir,tirar sarro do amigo que torce para o rival.Hoje temos torcidas que mais fiscalizam atletas do que torcem.

Outra coisa que me incomoda é quando usam o salário do jogador para justificar cobranças exageradas,xingamentos,invasão de privacidade e até agressão.Vejo uma boa dose de inveja nesse tipo de argumento.O futebol gera muito dinheiro,então nada mais normal que as estrelas do espetáculo fiquem com grande parte desse lucro.

Espero que o futebol volte a ser visto de forma mais leve,como um lazer.Mas a tendência aponta exatamente para o lado contrário e isso desgasta o esporte e espanta muita gente dos estádios.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Atlético-PR fez seu próprio calendário e se deu bem

Primeiro quero destacar o trabalho dos jogadores e do técnico Vágner Mancini e de forma alguma pretendo tirar o mérito desses profissionais.Mas o fato do Atlético ter jogado o estadual com sua equipe sub 23 tem uma grande ligação com a ótima campanha do time no Campeonato Brasileiro.

O calendário é alvo de críticas e discussões no futebol do Brasil.No ano de 2013 com a paralisação durante a Copa das Confederações e a ampliação da Copa do Brasil ficou ainda mais apertado.Raramente um time tem uma semana inteira de trabalho entre um jogo e outro.O desgaste físico aumenta,as lesões acontecem com mais freqüência e o nível técnico cai.

Sem disputar o estadual, o time principal do Atlético fez apenas 30 partidas oficiais no ano(até o dia 22/09),e no momento em que os jogos acumularam a vantagem física do Furacão fez diferença.O time arrancou,fixou entre os 4 melhores e a campanha fica ainda mais impressionante quando lembramos que trata-se de uma equipe que estava na série B no ano passado.

Outro time que tem um calendário racional em 2013 é o líder Cruzeiro,claro que apenas isso não justifica a liderança folgada,mas no campeonato mineiro um time realiza no máximo 15 jogos,enquanto no paulista por exemplo,os finalistas fazem 23 jogos.

Com o estadual mais curto os times mineiros podem fazer uma pré-temporada melhor,isso também pode ter sido um fator importante no excepcional início do Galo na Libertadores.

Como o Cruzeiro foi eliminado da Copa do Brasil,o time vai fechar o ano com 60 jogos,número próximo aos dos grandes times europeus,o Bayern que ganhou tudo na última temporada disputou 56 partidas.Já aqui no Brasil o Corinthians em 2013, até o dia 22/09,já fez 58 jogos,fará pelo menos mais 17 e se chegar na final da Copa do Brasil termina o ano com 79 jogos(lembrando que o time foi eliminado nas oitavas da Libertadores).

É óbvio que o número de jogos no calendário brasileiro precisa ser diminuído.Em 2014 isso não vai acontecer,os estaduais vão começar no dia 11/01,sendo que o Brasileiro deste ano termina no dia 08/12.Será que o exemplo dado pelo Atlético-PR vai inspirar outras equipes?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Cultura do futebol brasileiro

Quando um grande time passa por um momento ruim aparece a pergunta para o treinador sobre a sua permanência no cargo.Quase sempre essa questão vem acompanhada da seguinte introdução:"Você sabe como é a cultura do futebol brasileiro."

A cada seqüência de 3 ou 4 jogos sem vitória a competência de jogadores e técnicos são colocadas em dúvida,mesmo que esses questionados já tenham mostrado que são bons em várias outras oportunidades,e sempre a tal cultura do futebol brasileiro é citada para justificar o questionamento.

A tal cultura é colocada como se fosse algo errado,mas como as coisas funcionam assim é vista como natural.Já como parte do contexto.E isso precisa mudar.

A mudança deve partir de todos que estão envolvidos no futebol.Dirigentes,jogadores,técnicos,imprensa e torcida.No Brasil não existe planejamento que dure após o terceiro resultado ruim e passou da hora de acabar com isso.

Falando sobre a minha área,reconheço que a imprensa tem sua participação.Quando o resultado ruim aparece é imediato que nos debates esportivos o emprego do treinador seja colocado em risco.Poucas vezes é feita uma análise mais ampla sobre o assunto,quase sempre a discussão fica em cima do resultado frio.

O debate é fundamental,o futebol brasileiro tem um potencial enorme de crescimento.Mas não usa nem 10% de sua capacidade,muito por causa dessa cultura.Os times não evoluem ao longo de uma competição,apenas sobrevivem.Para evoluir é necessário tempo,e isso só existe com resultado,por mais que o clube tenha claros problemas.

A discussão sobre o futebol no Brasil precisa ultrapassar a barreira dos resultados.Passou da hora do debate ficar maior.Disuctir sobre calendário,administração do clube,linha de trabalho,planejamento realmente sério e que não seja jogado no lixo no primeiro problema.

Esse debate superficial apenas sobre os resultados favorece a incompetência do dirigente brasileiro.Eles quase não são questionados,entregam uma cabeça e fica tudo certo.

A cultura do futebol brasileiro precisa deixar de ser uma muleta para questionar o trabalho de alguém,ela deve ser mudada e revista para que as coisas realmente evoluam no nosso futebol.